domingo, 20 de novembro de 2016

CONTO: Um grande susto AUTOR: Felipe Genilson

Caminhando tranquilamente pelas ruas da cidade onde moro, acabei percebendo algo estranho: alguns vultos surgiam de repente, ou algo parecido.
Percebi também que estavam me seguindo. Talvez fosse coisa da minha cabeça, sempre tive medo de andar sozinho.
Cada casa em que passava surgia um ou mais vultos diferentes. Já muito aterrorizado, comecei a correr. Mas não parou por aí: agora não eram apenas vultos, apareciam também pescoços, cabeças... cheguei até a ver morcegos.
Quando menos esperava, avistei algumas luzes que pareciam ser de uma cabine policial. Já estava bem cansado, mas não parei. Avistei de certa distância algo se mexendo dentro da possível cabine. Será que eram policiais ou mais assombrações?
Quando cheguei perto, avistei uma agente e logo pedi ajuda. Ainda aterrorizado, tremendo e até suando frio, vi o agente se aproximar com um copo d’água para mim, como se soubesse o que eu estava sentindo.
Já mais calmo, perguntei o que era tudo aquilo lá fora que eu havia visto. Ele e outros policiais riram e me disseram que eu não precisava ter medo, porque eram apenas decorações para o Halloween que estava próximo de acontecer.

Ainda com certo medo, sorri, agradeci aos agentes e continuei minha caminhada.

CONTO: A velha casa AUTOR: Gustavo Pereira

Numa segunda-feira, João viajou para a cidade de Palmares, pois o haviam chamado para trabalhar numa máquina abrindo estradas. Ao chegar na cidade, viu que a casa em que ia ficar alojado era muito antiga e estava caindo aos pedaços.
Quando entrou na casa com seus colegas, João viu dois quadros na parede. O primeiro era de um fazendeiro que, pela sua cara, parecia ser muito bravo. Já o segundo, era de uma fazenda e nela, havia muitas pessoas negras que parecia ser escravos.
Ao anoitecer, todos tomaram banho, jantaram e foram dormir, pois estavam muito cansados. Durante a madrugada, João acordou assustado com um barulho estranho, como se fossem correntes de ferro sendo arrastadas pelo chão.
--- Quem está aí? --- Perguntou João, trêmulo.
Ninguém o respondeu. Foi então que ele levantou-se e foi verificar o que estava acontecendo. Chegando a sala, não viu nada e foi até a cozinha. Quando lá chegou, olhou para o lado... o fogão estava com as quatro bocas acesas. Ele se arrepiou todo na hora, mas tomou coragem, apagou as chamas e foi dormir.
Quando amanheceu, João acordou seu amigo e arrumaram-se para o trabalho.
--- Você ouviu algum barulho ontem de madrugada? --- Quis saber João.
--- Não, pois eu estava com muito sono. O que foi que aconteceu?
--- É que eu me acordei assustado, pois estava ouvindo barulhos estranhos.
João estava muito curioso e perguntou à mulher que estava lá, logo cedo, para fazer a limpeza da casa:
--- A senhora conhece essa casa há muito tempo?
--- Conheço sim. Antigamente moravam aqui um fazendeiro e lá fora, do lado da casa, uma senzala onde ficavam os escravos que trabalhavam pra ele.

Foi então que João pegou sua mala e decidiu sair logo daquela casa para voltar à sua cidade. Na saída, olhou para a mulher da limpeza que estava de costas, limpando o corredor e viu em seus tornozelos, marcas de correntes.

VÍDEO: O Recife Assombrado - Comadre Fulozinha

Esse vídeo conta sobre um grupo de meninos maldosos que saíram para caçar e matar alguns pássaros na floresta atrás da casa de um avô. Mas a defensora dos animais deu seu pago... Vale a pena assistir o vídeo, que também faz parte do site O Recife Assombrado.

João Eydde





Assista a mais vídeos como esse no site http://www.orecifeassombrado.com/ 

sábado, 19 de novembro de 2016

VÍDEO: O Recife Assombrado - A Velhinha da Caxangá

Essa é uma historia de um cobrador de ônibus. Ele trabalhava no Bacurau, pegava às 22h e largava de madrugada do trabalho, pois gostava desse horário por ser calmo. Ele passava pela Avenida Caxangá que era muito grande e tinha muitas paradas. Tudo foi diferente quando surgiu uma velhinha em certa parada. Esse conto faz parte do site O Recife Assombrado.

Gabrielle Simões




Visite o site http://www.orecifeassombrado.com/ e assista a mais vídeos como esse!

CONTO: O Pássaro AUTOR: João Eyyde

Três amigos chamados Dedel, Lucal e Augusto saíram de casa no sombrio da noite. Armados com estilingues e pedras, seguiram para a mata afim de caçar um raro pássaro chamado Lavandeira.
Chegando ao imenso terreno, cheio de mato e de árvores, ficaram abaixados, esperando qualquer sinal do pássaro. Esperaram muitas e muitas horas. Quase desistindo, Dedel fala para os outros:
--- Vamos para casa! Já é tarde e aqui está bastante esquisito.
Respondeu Lucas:
--- Cala a boca, Dedel! Se não a Lavandeira não vem. Se abaixa e fica quieto!
Dedel obedeceu à ordem e se assentou ao chão.
Quando menos esperavam, viram o pássaro voando. Então, atiraram e derrubaram a ave. Mas ao olharem à frente, um cavalo aprece correndo desesperado. Os três sentiram seu coração sair pela boca e um forte arrepio tomar conta de todo o corpo.

Eis que surge um vulto de olhos vermelhos olhando diretamente nos olhos deles. Atordoados, correram disparados, esquecendo-se dos chinelos e do pássaro baleado. Nunca mais voltaram lá.

CONTO: Berimbau AUTORA: Gabrielle Simões

Eu e dois amigos (João e Lucas) entramos em uma mata fechada e começamos a nos enfiarmos mais fundo por entre as árvores, para pegarmos bambu, biriba e cabaça para fazermos berimbau, porque dançávamos capoeira.
Logo no início, havia uns galhos das árvores que estavam atrapalhando nosso caminho. Então, nós íamos quebrando-os e fizemos isso várias vezes para podermos passar adiante. Nesse meio da mata também havia muitos barulhos de cantos de pássaros, do vento batendo nas árvores: barulho de mata mesmo.
Estava ocorrendo tudo bem. Achamos os bambus e então começamos a ir atrás das cabaças. Foi quando tudo ficou em silêncio total, nenhum barulho mais: nem do vento, nem de pássaros, nem de mais nada!
Começamos a ficar com medo e decidimos voltar pelo mesmo caminho pelo qual tínhamos vindo. Então, andamos por um tempo e não achamos a trilha de volta. Foi aí que nos demos conta de que estávamos andando em círculos. Ficamos mais desesperados quando, nesse momento, escutamos barulhos altos de passos sobre as folhas do chão. Era barulho de mato se quebrando, como se algo estivesse se arrastando, vindo em nossa direção.
Foi quando surgiu uma mulher em nossa frente: baixinha, curvada, toda vermelha, cheia de espinhos na pele. Tinha os olhos negros e seus cabelos eram feitos de cipó meio esverdeados, com algumas folhas agarradas. Era a Cumade Fulozinha! Ela começou a bater-nos com os próprios cabelos, puxando-nos pelos pés. Vi que ela domava os cipós de sua cabeça com os braços. Não dava para ver seus pés, pois estavam rodeados de folhas.
Eu consegui correr mais do que meus amigos e apanhei menos. Só fiquei com alguns arranhões nas costas. Saímos nós três correndo, gritando, desesperados. Conseguimos sair daquela mata, chegando a um local conhecido.

E, então, acordei desesperado e percebi, aliviado, que havia sido apenas um sonho. Quando tentei me mexer na cama, minhas costas estavam ardendo e queimando, ao mesmo tempo. Tentei levantar-me com um pouco de dificuldade. Acendi a luz e fui em direção ao espelho. Vi, surpreso, que minhas costas estavam cortadas e sangrando.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

VÍDEO: Histórias de Lobisomem - Lendas do Sertão

Uma senhora e seu esposo saíram para levantar um boi que estava caído na caatinga. Ao chegarem lá, se depararam com um bicho preto e peludo...

Gustavo Pereira



Link do vídeo no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=LAFM_SWzj90

VÍDEO: O Recife Assombrado - O Papa-Figo

Faz parte do site O Recife Assombrado. É o conto de uma jovem que não acreditava em assombrações, pensava que era brincadeira de mau gosto. Quando ela foi morar em Recife, coisas estranhas acabaram acontecendo...

Felipe Genilson


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O que é o FANTÁSTICO na Literatura?




"O fantástico é um gênero da literatura onde o real é invadido pelo sobrenatural. Ele pode ser encontrado em lendas urbanas, em romances do século XIII, contos e outras artes..."

João Eyyde



"A literatura fantástica é um gênero textual que contem fatos inusitados, em um universo de coisas sobrenaturais diante da realidade."   
Felipe Genilson



"É um gênero literário em que narrativas ficcionais estão centradas em elementos não existentes ou não reconhecidos pela realidade e pela ciência dos tempos em que a obra foi escrita."  
Igor Silva 



"São historias de ficção, lendas, ou seja, histórias que não são reais e são contadas por pessoas mais velhas que já escutaram de outras pessoas, ou criadas por escritores que gostam do choque entre real e sobrenatural."
Gustavo Pereira



"É um gênero literário que contem magia, fantasia e ficção. É aquilo que nos transporta para fora da realidade."
Gabriele Simões 


E para VOCÊ? O que é o FANTÁSTICO na Literatura?



quinta-feira, 17 de novembro de 2016

O homem cuja orelha cresceu

O homem cuja orelha cresceu



Esse é um conto fantástico do escritor brasileiro Ignácio de Loyola Brandão. Nós lemos apenas o início da história e criamos um final para ela. Leia o trecho inicial e, depois, os finais que produzimos e que estarão nos comentários desta postagem. Em seguida, vale conferir o final verdadeiro do conto pelo link: http://www.releituras.com/ilbrandao_orelha.asp.

INÍCIO DO CONTO:
O homem cuja orelha cresceu
Ignácio de Loyola Brandão

           Estava escrevendo, sentiu a orelha pesada. Pensou que fosse cansaço, eram 11 da noite, estava fazendo hora-extra. Escriturário de uma firma de tecidos, solteiro, 35 anos, ganhava pouco, reforçava com extras. Mas o peso foi aumentando e ele percebeu que as orelhas cresciam. Apavorado, passou a mão. Deviam ter uns dez centímetros. Eram moles, como de cachorro. Correu ao banheiro. As orelhas estavam na altura do ombro e continuavam crescendo. Ficou só olhando. Elas cresciam, chegavam à cintura. Finas, compridas, como fitas de carne, enrugadas. Procurou uma tesoura, ia cortar a orelha, não importava que doesse. Mas não encontrou, as gavetas das moças estavam fechadas. O armário de material também. O melhor era correr para a pensão, se fechar, antes que não pudesse mais andar na rua. Se tivesse um amigo, ou namorada, iria mostrar o que estava acontecendo. Mas o escriturário não conhecia ninguém a não ser os colegas de escritório. Colegas, não amigos. Ele abriu a camisa, enfiou as orelhas para dentro. Enrolou uma toalha na cabeça, como se estivesse machucado.
           Quando chegou na pensão, a orelha saia pela perna da calça. O escriturário tirou a roupa. Deitou-se, louco para dormir e esquecer. E se fosse ao médico? Um otorrinolaringologista. A esta hora da noite? Olhava o forro branco. Incapaz de pensar, dormiu de desespero.
          Ao acordar, (...)

(Trecho retirado de: http://www.releituras.com/ilbrandao_orelha.asp)